A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito sobre a morte do estudante Leandro Oliveira da Silva, 11 anos, assassinado a pauladas em seu quarto enquanto lia um gibi, no bairro Canaã, em Maceió (AL), no dia 10 janeiro. Segundo o delegado do 5º Distrito Policial, Arnaldo Soares de Carvalho, Leandro foi morto pela madrasta, a dona de casa Adriana Maria Barros Silva.
Para chegar a esta conclusão, o delegado analisou perícias, refez depoimentos e descobriu a origem do pedaço de pau que matou Leandro. "Este pedaço de pau era da casa onde o menino morava. A madrasta era a única pessoa que estava com o menino. Ela o matou entre as 4h e 5h e depois saiu de casa, às 7h. Os laudos são terríveis, as pancadas só foram na cabeça. Ela negou, dizendo que a casa foi arrombada. Não houve arrombamento", afirmou.
O inquérito será encaminhado à 9ª Vara Criminal e acusa a madrasta de homicídio qualificado. Se for presa, Adriana Maria pode pegar 30 anos de prisão.
Uma das pistas que mais chamou a atenção da polícia foi um bilhete, que estava ao lado do corpo do garoto. "O bilhete dizia que o menino era um 'cagoete safado' (dedo-duro) porque havia denunciado supostos traficantes de drogas na escola onde ele estudava. Mas descobrimos que o bilhete foi 'plantado' porque até a expressão escrita era dela. Segundo os vizinhos, ela costumava chamar o menino assim", explicou.
"Ela matou o menino por um destes dois motivos: ou ele descobriu que ela tinha um amante e ameaçou contar tudo para o pai ou porque ela queria ficar com a herança sozinha: a casa onde eles moravam", afirmou o delegado.
O pai do menino assassinado, Manoel Messias, não acredita na versão da polícia. "Ele disse que tudo isso é uma armação. Ele é apaixonado por ela, os vizinhos sabiam quem era a madrasta", disse Carvalho.
Fonte: Especial para Terra
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