Dados da linha telefônica "Te Ajudo", da Direção da Mulher da Cidade, revelam que a violência contra as mulheres argentinas começa já na fase do namoro. Das 4.186 ligações que alertavam sobre abusos sexuais e maus tratos contra crianças e adolescentes, no ano passado, 130 foram feitos por meninas adolescentes, que denunciavam seus namorados. Das 130, 80% foram de meninas entre 15 e 21 anos, 95% delas pediram socorro pela violência que sofrem de seus namorados. São três os tipos de violência de que essas adolescentes enfrentam: emocional, física e sexual. Essa última é a menos freqüente. O que mais afeta as meninas é o controle. Os namorados fazem ligações constantes por celular, pedem informações das atividades diárias e questionam qualquer interação com pessoas do sexo oposto. Em entrevista à Agência La Voz, Devora Tomasini, coordenadora do Programa de Assistência Integral à Violência Doméstica e Sexual do Governo portenho, disse que: "Os vínculos violentos são ambivalentes. Também tem um processo de sedução e de amor ". "As meninas se sentem atraídas e seduzidas pela paixão de seus namorados, mas, depois, se sentem sufocadas pela excessiva posse". A violência no namoro afeta a todas as relações não saudáveis onde não se compartilha uma convivência, em todas as idades, mas, especialmente, aos mais jovens. Os namorados costumam justificar suas atitudes, de controle e autoritarismo, com o excessivo amor, mas essa é só uma maneira dos meninos reproduzirem o machismo.
Fonte: Adital
2 comentários:
Soi contra a palmada, ela só deixa as crianças agressivas e violentas.A ,elhor forma de educar é através do diálogo.
Juçara
Olá Laura, boa noite!
Ao ler a reportagem, me fez refletir sobre as relações entre homens e mulheres. Quando, por exemplo, educamos crianças e adolescentes dentro de comportamentos padronizados do que é ser homem e mulher através de rótulos e opiniões preconcebidas contribuimos também para a violência desse tipo. Por isso, torna-se fundamental, como foi sinalizado nas aulas de VDCA, discutirmos sobre relações de gênero como forma de prevenção à violência.
Abraço,
Alessandra de Jesus B Ignácio
Postar um comentário